quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Bill Plympton

O trabalho desse cara é muito bom.
Bill Plympton já teve seus serviços recusados por grandes estúdios de animação e anúncios vetados pelo seu teor de violência. Mas isso não abala ess americano intranquilo. Os festivais de cinema, o público da MTV e os amantes da irreverência o adoram. Até a Academia de Hollywood o indicou para um Oscar com o curta Your Face.
O traço ágil e a veia politicamente incorreta de Plympton apareceram primeiro nas tiras de quadrinhos e nas ilustrações de publicações como The New York Times, Vogue,Rolling Stone.
Fonte: Animation Now

domingo, 28 de outubro de 2007

Um pouquinho de X e Y

Cara,
Fiz um trabalho para a minha namorada. Coisa simples, mas achei que ficou bonitinho.
Resolvi postar aqui. Uma animaçãzinha 2D feita no after!



sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Dica do Dia!

Quer uma dica boa?

A dica do dia é: ESPELHO.

Isso mesmo. Para modelagem de rosto por exemplo, é bem útil e para animação facial, também ajuda bastante.

Abs.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Mascate chega na cidade


Animação do boi

Havia feito uma animação rápida e tosca dos bois, mas acho que a cena merece um detalhamento melhor. Por isso, recorri ao bom e velho Richard Williams para tentar fazer uma animação mais elaborada. Tá ficando legal. Não vou utilizar extrapolação, pois acredito que vá dar algum trabalho para acertar as curvas. Vou fazer na mão mesmo. Até porque, como terei diversos cortes, quatro passos para mim serão suficientes para fazer parecer que o carro andou um quilometro.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

domingo, 14 de outubro de 2007

Iluminação específica para Namoradeira na Janela

Tenho trabalhado em todas as cenas com uma luz solar que gera uma sombra bem marcada. Isso tem dado um resultado muito interessante. No entanto a casa da namoradeira está na sombra. Deixá-la iluminada pelo sol assim como o Matuto seria imperdoável pelo espectador. Tive que pensar em outra forma de iluminar a cena da namoradeira na Janela. Adicionei uma luz para dar um ganho no modelo da namoradeira e uma spot que utilzei como luz de recorte. Além disso alterei a cor da parede da casa, da janela, e da parede interna da casa. Optei por deixar a parede interna mais escura, para que assim não fosse necessário modelar ou detalhar o interior. também funcionou bem pois a moldura está bem clara. E quanto a luz de recorte, foi o jeito utilizar o padrão globo de iluminação que coloca recorte em pessoas até enconstadas em uma parede. Se eles podem porque eu não posso. Enfim, se aparecer alguma idéia melhor posto aqui.

Alteração do Rig - Vetada

Passei a manhã tentando consertar o rig, mas não tá ficando legal. O ideal seria eu refazer o braço e mãos. Mas não dá tempo. Vou usar a câmera a meu favor e animar a personagem do jeito que está. É só não exagerar na dobra da mão!

Huston we have a problem

Agora que comecei a animar a namoradeira, depois do ciclo de caminhada, percebi que dei umas boas vaciladas no rig. A dobra da mão, por exemplo, é o que mais me incomoda. Vou ter que consertar o rig, não vai ter jeito. E pela pose abaixo, vou ter que tentar consertar algumas outras falhas na pintura dos pesos dos bones. Mas vai dar certo!

sábado, 13 de outubro de 2007

Bola cromada

É engraçado com bolas cromadas sempre dão um resultado muito bacana, né?
Foi só uma pausa. Agora as coisas estão piorando, pois além de animar, tenho que escrever o projeto. Tá brabo!!! Por isso me permiti dar um momento de devaneio!

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Almeida e Eu

Apesar da foto estar ruim estive na Pinacoteca há algum tempo atras. Pude ficar cara a cara com uma das obras que certamente é uma das principais referências que utilizei em meu trabalho.

sábado, 6 de outubro de 2007

Land Rover

Pronto Cristiano!!!
Apanhei, mas consegui fazer o carrinho agora nos três eixos. Perdi alguns milhões de neurônios, mas saiu! E olha que no fim das contas era super simples.
Na verdade queria fazer com que o movimento dos bois tamtém influenciasse na rotação do carro de boi no sentido do eixo das rodas. Para isso, criei um implícito, e apliquei um contraint 2 points. Fiz o constraint do implícito com o root de cada boi. Assim o implícito sempre vai ficar no ponto médio dos dois bois. Em sequida fiz com que o carro de boi tivesse andasse em Z conforme o implícito. Apliquei uma expressão. Finalmente apliquei outro connstraint de direction do carro para o implícito.
Abs.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Animação do carro refinada

Este resultado já me agrada. Não vou enrolar. Pois o tempo tá muito curto. É isso.






Teste de animação automatizada dos objetos do carro

Tá meio sem timing, mas acho que vai funcionar.



Carro de Boi Rigado e texturizado


Esta é a versão final do carro. com rig automatizado. Tentei fazer com que a movimentação dos objetos de dentro do carro, pareçam caótico.

Esta a a imagem do carro com as texturas. As cores dos objetos do carro são assim por um motivo específico. Quer tentar adivinhar? Essa é muito fácil.

Qual é mesmo a fórmula para calcular o comprimento da cincunferência?


quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Raio da roda

Não esquecer o raio da roda do carro de boi é de 6,964 unidades

CARRO-DE-BOI


RIG CARRO-DE-BOI

Minha idéia é deixar toda a animação do carro-de-boi automatizada. Para isso comecei a bolar um esquema para que exista uma relação entre a posição das rodas e a rotação da base do carro. só que essa base tem que girar em dois eixos diferentes. Para isso criei o seguinte esquema de constraints. coloquei um nulo em cada um dos eixos de rotação. Em seguinda apliquei um constraint direction do nulo em relação a roda oposta. Finalmente criei um parentesco entre a base do carro, e os nulos. O resultado funciona bem.



Luiz Beltrão e seus obstáculos para legitimar sua Folkcomunicação

Como toda proposta inovadora, a Folkcomunicação de Luiz Beltrão encontrou alguns obstáculos para se legitimar. Ela encontrou dupla resistência. A dos folcloristas conservadores, que pretendiam defender a cultura popular das investidas midiáticas modernizantees. E a dos comunicólogos radicais, que pretendiam fazer da cultura popular o cavalo de tróia das suas batalhas políticas, em lugar de apreender nessas manifestações genuínas o limite da resistência possível de comunidades empobrecidas, cuja meta é a superação da marginalidade social.
A globalização permite vislumbrasro cenário de um mundo polifacético e multicultural. Ele sugere que qualquer inserção pro-ativa no seu universo depende basicamente do capital simbólico acumulado nas mega, macro ou micro regiões., potencialmente convertiveis em imagens e sons capazes de sensibilizar a aldeia global. Em outras palavras: enraizados na cultura popular, mas traduzidos para a linguagem da cultura de massa.

A Importância da Pesquisa em Folkcomunicação

Trecho do ensaio da Professora Dra. Cristina Schmidt publicado no livro Folkcomunicação na Arena Global

Cada vez mais, as culturas regionais e locais vêm se posicionando no contexto globalizado, suas manifestações passam por uma "atualização", e também criam modelos próprios para inserí-los na arena digital. Alia-se a isso a existência hoje de uma consciência da improtância da cultura local como fator de desenvolvimento e consolidação de diferenciais entre grupos e de sua protagonização na cultura global. As manifestações culturais, mais especificamente, o folclore torna-se por um lado um potencial econômico e, por outro, uma maneira de resistir ao processo de globalização sem limites.
O folclore adquire valor comercial e reconhecimento internacional enquanto produto, atraindo turistas, estudiosos e consumidores de vários perfis. Mas, principalmente, adquire valor enquanto processo comunicacional, percebendo-se como meio mobilização e identificação de grupos locais no contexto globalizado.
...
Costumes, tradições, gestos e comportamentos de outros povos, próximos ou distantes, circulam amplamente na 'aldeia global'. Da mesma forma, padrões culturais que pareciam sepultados na memória nacional, regional ou local ressuscitam profusamente, facilitando a interação entre gerações diferentes, permitindo o resgate de celebrações, ritos ou festas aparentemente condenadas ao esquecimento.

Artesanato - Por Câmara Cascudo

"Antes mesmo do descobrimento do Brasil, o artesanato já era praticado pelos indígenas,hábeis na confecção de armas para caça, utensílios caseiros, instrtumentos musicais, vasilhames de barro cozido e outros objetos. Aproveitando a matéria-prima abundante - carnaúba, piaçaba e outras palmeiras - faziam também bolsas, esteiras, cestos e arupemas, para uso doméstico. Hoje, o artesanato é uma atividade econômica de ponderável signifacação, existente em todos os países do mundo como 'atividade industrial caseira'. Ceará, Pernambuco, Alagosa, SErgipe, Bahia são alguns dos centros artesanais do Nordeste, onde se fabricam uteinsílios de barro como bilhas, potes, moringas, que podem ser feitos a mão ou no torno, além daqueles produzidos com madeira o upalha como gamelas, colheres de pau, esteiras e outros.
Embora por tradição o artesão preserve formas e estilos, pode também evoluir e acompanhar as necessidades de melhor uso dos próprios objetos, contribuindo para a formação de novos conceitos soiológicos. A prova de que o artesanato é persintente e importante é o fato de sobreviver em sociedades desenvolvidas, e o artesão, embora sofrendo as dificuldades da concorrência industrial, vai seguindo na sua caminhada, à espera de dias mais favoráveis. "

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

BOI COM RIG

Este é o boi com textura e rig prontos. Apesar dele ser apenas figurante, optei por fazer um rig rápido caso tenha necessidade de animá-los um pouco mais.




Carro-de-Boi

Até amanhã fecho as texturas e o rig do carro-de-boi. Como o Matuto já tá sentadinho, agora começa a parte onde os três personagens interagem.

Suassuna e a Compadecida

Para quem não sabe, O Auto da Compadecida, sim aquele seriado bonitinho que vimos na TV, foi escrito por Ariano Suassuna e é uma peça de teatro em três atos. Ele a escreveu/publicou em 1955, há 52 anos.
Por falar em dramaturgia, Ariano também escreveu a Peça A Pedra do Reino que teve recentemente uma montagem feita pelo consagrado Antunes Filho. Assisti ao espetáculo e, sinceramente, saí do teatro decepcionado. Muita gente achou brilhante a montagem, mas já assisti outras montagens de outras peças de ariano, de grupos desconhecidos e experimentais, que são infinitamente melhores. Enfim. Como disse Eugênio Barba aos integrantes do Grupo Udi Grudi (circo-teatro) ao assistir a peça "O Cano", "esta é uma obra prima, mas quero ver vocês fazerem outra". É realmente difícil produzir obras primas em sequencia, por isso, ao criticar o mais recente trabalho de Antunes, não desmereço outras obras primas por ele realizadas.
Ah, e para quem não se lembra, ou é mais novinho. Os trapalhões também levaram para as telonas a adaptação no filme "Os Trapalhões no Auto da Compadecida". Isso em 1987.

Glauber Rocha e a Literatura de Cordel


Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, tem uma fotografia muito peculiar. Waldemar Lima, diretor de fotografia do filme ao ser questionado sobre como foi concebida a fotografia e se foi inspirada no cinema clássico alemão, afirma que a iluminação de sombras duras e claros e esse contraste proposital foi baseado na xilogravura da literatura de cordel, para ressaltar a estética regional, daí a sombra e claros bem fortes mais a ver com a luz dura do nordeste do que com a Alemanha.
Inclusive tem uma história super famosa sobre o filme Deus e o Diabo na terra do Sol. Ao mandarem os negativos para o laboratório, o pessoal diminuiu o contraste mudando a cara do filme e a idéia original de Glauber. Em muitos momentos Nuvens aparecem, mas na verdade era para ser brancão chapado.

RELEITURA

O que é uma releitura de uma obra?


A meu ver releitura é uma reinterpretação de uma obra, fruto da análise de sua finalidade, contexto cultural em que foi produzida, movimento artístico, composição, formas, cores, e todo e qualquer elemento ou significado que a obra possa mostrar.

Quando me refiro a Almeida Júnior, e diga-se de passagem, antes mesmo de ter determinado as características dos meus personagens, e bem antes de definir o roteiro e storyboard, sabia que uma tomada do meu curta seria semelhante ao enquadramento, cores, e luzes da obra "O Caipira Picando Fumo". Antes porém, li sobre o autor, que inclusive deu suporte ao projeto com relação à luz, que por trabalhar o cotidiano das pessoas do interior de São Paulo, retratava também em suas obras essa luz chapada e dura, tipica de certas regiões do Brasil.


Como trabalhei cinco anos no espaço cultural da Caixa, na organização e produção de eventos e exposições, e como o acervo da Caixa é riquisssimo com obras das quais tive o prazer e a honra de manuseá-las como Djanira, Tarsila do Amaral, Athos Bulcão, Aldemir Martins, Anita Malfati, Di Cavalcanti e diversos outros, inclusive Antônio Poteiro.


Para a realização do cenário da Lavoura, estava em busca de referências visuais. A iluminação já estava definida, com base na iluminação utilizada por Almeida Júnior, Glauber Rocha, entre outros filmes que me utilizei como referência. O contraste Luz e Sombra deveria existir e isso já estava decidido. No entanto faltava ainda fechar a idéia da concepção do cenário. Foi aí que ao pensar nas casas que iriam estar distantes e ao fundo, optei pela utilização de planos chapados. E ao tomar esta decisão, me veio a mente imediatamente referências como Antônio Poteiro e J. Borges. Porque? Simples, os artistas primitivistas, ingênuos, naifs, por desenvolverem sua própria técnica, não dominavam, por exemplo o uso da perspectiva. Em qualquer obra de artesanato brasileiro isso é observado logo de cara. Assim, tinha um suporte para a definição de meu cenário. Tentei aproveitar também a questão da utilização das cores pelos artesãos brasileiros, e Antônio Poteiro, não ficou de lado. As cores utilizadas são sempre muito vivas, em muitas delas há uma predominancia do verde, azul e vermelho. Assim, tentei saturar um pouco mais a coloração da cena da lavoura para buscar um pouco esta identidade. De toda maneira, afirmo que minha releitura de artistas como antônio Poteiro e J. Borges está presente na cena da lavoura. Observe a figura:


Note que a Namoradeira é mais alta do que a montanha onde está a cidade. Além disso as casas são menores do que ela. Ou seja, me utilizei da mesma base destes artistas para a criação do cenário. Pelo simples fato de ter feito isso, posso afirmar que a cena da lavoura é uma releitura ou apropriação de alguma obra de arte de artistas como J. Borges e Antônio Poteiro.

Vejam estas obras abaixo. Todas são releituras da obra de Almeida Júnior, Amolação Interrompida:

Silton Franco

Antonio Helio Cabral

Alex Fleming


Almeida Júnior - Amolação Interrompida